Nos próximos dias, provavelmente, o esquema de pirâmide da TelexFree será desbaratado e seus mentores
detidos. É possível que seus bens (visíveis) sejam bloqueados. Mas terá
sido em vão para mais de um milhão de pessoas que caíram no mais
abrangente golpe financeiro da história do país. Apenas em 2012, o
esquema movimentou R$ 300 milhões.
Durante semanas o Ministério Público
ficou discutindo se o tema era da alçada federal ou estadual. A Polícia
imersa em indagações se era crime contra a economia popular, portanto
afeita à Polícia Civil, ou crime mais abrangente, de responsabilidade da
Polícia Federal.
Enquanto pipocavam notícias de todo o
país, de famílias vendendo até casa própria para aplicar no golpe, o
Banco Central indagava-se se deveria entrar na parada, já que a
TelexFree mexe com poupança popular mas não é uma instituição
financeira. E a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) dizia que, só após
provocada, faria alguma manifestação. Desde janeiro a Secretaria
Nacional de Direito do Consumidor está perdida, analisando um produto
que é auto-definível: basta analisar o modelo de vendas para saber se é
golpe.
Na era da Internet, há necessidade de se
montar procedimentos rápidos para evitar a explosão dos prejuízos
populares. Para tal, é importante entender como foi montado o golpe.
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